24 de janeiro de 2024 | Dr. Mario Delgado No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, o diabetes atinge cerca de 17 milhões de pessoas e a estimativa é que esse número aumente para 21,5 milhões em 2030. Conhecida como a “doença silenciosa”, o diabetes tende a se desenvolver sem sintomas óbvios no estágio inicial. Mas, o desequilíbrio persistente nos níveis de glicose pode causar danos significativos a órgãos e sistemas internos, aumentando o risco de complicações, como a disfunção erétil em homens. O que é o diabetes? O diabetes é uma síndrome metabólica que ocorre quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente ou não consegue usar efetivamente a insulina que produz. A insulina, por sua vez, é um hormônio produzido pelo pâncreas e desempenha um papel fundamental no controle dos níveis de glicose (açúcar) no sangue. Assim, a insuficiência desse hormônio no organismo causa um déficit na metabolização da glicose e, com isso, o diabetes, caracterizado pela constância de altos níveis de açúcar no sangue. Os tipos mais comuns de diabetes são dois: Diabetes tipo 1: ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas, que são responsáveis pela produção de insulina. Como resultado, o corpo não produz insulina suficiente, sendo necessário que os pacientes recebam insulina por meio de injeções ou bombas para controlar seus níveis de glicose. Diabetes tipo 2: este é o tipo mais comum de diabetes, ocorre em cerca de 90% dos pacientes. Neste caso, o corpo fica resistente a insulina, não conseguindo usá-la de maneira eficaz. Como forma de compensação, o pâncreas começa a acelerar a produção da insulina, mas, com o tempo, suas células começam a falhar devido à sobrecarga. Este tipo de diabetes está associado ao estilo de vida, incluindo hábitos alimentares e falta de atividade física. Diabetes e Disfunção Erétil O diabetes, quando não tratado ou devidamente controlado, pode levar a uma série de complicações sérias que afetam vários sistemas do corpo. Algumas dessas complicações incluem risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas; doença renal crônica; complicações oculares, como glaucoma e catarata; além de neuropatia diabética (complicação que afeta os nervos) e problemas de circulação sanguínea, por exemplo, que podem ocasionar no quadro de disfunção erétil (incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória). A DE ocasionada pelo diabetes tende a surgir após anos do diagnóstico e afeta mais pessoas que não controlaram a doença – de 30 a 50%. Mas, este número pode aumentar em casos de pacientes que têm ainda outros fatores de risco para a DE, como tabagismo e hipertensão. Os principais fatores que contribuem para a Disfunção Erétil em homens com diabetes são a neuropatia, isto é, danos causados nos nervos ao longo do corpo, o que pode diminuir a sensibilidade dos nervos envolvidos na resposta sexual; vasculopatia, que corresponde aos danos nos vasos sanguíneos, reduzindo o fluxo para o pênis; e a desregulação hormonal. Devido a essa e outras complicações, é primordial manter os exames de rotina em dia para facilitar o diagnóstico precoce do diabetes, assim como tratar a doença para controlar os danos causados no organismo. Em seu time de especialistas, o CBU conta com a Dra. Fernanda Pena Moreira, endocrinologista, que pode auxiliar os pacientes nestes casos. Para agendar uma consulta, ligue para (11) 3046-3690 ou envie um WhatsApp para (11) 94479-6009 ou e faça o agendamento online.