AUMENTO DA PRÓSTATA A hiperplasia prostática benigna é muito comum em homens adultos. Ela é caracterizada pelo crescimento nodular de uma das regiões da próstata, que geralmente ocorre a partir dos 40 anos. Por se localizar logo abaixo da bexiga e envolver a uretra, o crescimento da próstata pode comprimir a uretra, diminuindo o seu calibre e dificultando ou impedindo a passagem da urina. A urina estagnada favorece o aparecimento de infecções e de cálculos renais. As causas da hiperplasia prostática benigna ainda são desconhecidas. Entretanto, acredita-se que vários fatores simultâneos estejam envolvidos, como idade, história familiar, presença de níveis elevados de hormônios masculinos (testosterona) e alterações genéticas. Esta doença pode levar a um aumento tão importante do tamanho da próstata que o indivíduo passa a ter dificuldade em urinar e a ter sintomas relacionados à bexiga. Sintomas Estão divididos em dois grupos e podem ser obstrutivos ou irritativos. Obstrutivos – Relacionados à obstrução do fluxo urinário. Os mais comuns são: Jato urinário fraco e intermitente (com interrupções). Esforço para urinar. Dificuldade ou demora em iniciar a micção. Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Irritativos – Relacionados à irritabilidade da bexiga, que é decorrente do aumento da massa muscular da bexiga. Os mais comuns são: Aumento da frequência urinária. Necessidade de acordar várias vezes à noite para urinar. Presença de sangue na urina. Dor e sensação de queimação no ato de urinar. Necessidade urgente de urinar. Os sintomas obstrutivos e irritativos não estão relacionados apenas à hiperplasia prostática benigna. Portanto, o indivíduo que apresenta um ou mais desses sintomas deve procurar seu urologista para buscar o correto diagnóstico. Felizmente, sintomas que prejudicam a qualidade de vida ocorrem em até 30% dos homens acima dos 65 anos de idade e são passíveis de tratamento clínico por meio da utilização de medicamentos ou cirúrgico, ambos com elevado índice de sucesso. Para os indivíduos com sintomas miccionais, há vários tipos de avaliação: Avaliação médica detalhada, com exame físico geral e urológico (incluindo toque retal). Exames de sangue: ureia e creatinina, que permitem avaliar a função renal; PSA (antígeno prostático específico), para facilitar a avaliação de possíveis tumores de próstata. Urina tipo I para avaliar a presença de sangue ou infecção urinária. Exames de imagem, como a ultrassonografia, que permite avaliar a forma e a densidade da próstata, bem como a presença de resíduo elevado de urina na bexiga, após a micção. Outros exames podem? ser necessários (urodinâmica, uretrocistoscopia etc.) especialmente quando existem outras dificuldades associadas, como a diabetes ou doença neurológica, que podem ser causadoras de sintomas semelhantes aos da hiperplasia prostática benigna. Após a avaliação completa, o médico deve determinar se o indivíduo apresenta hiperplasia prostática benigna ou algum tipo de complicação relacionada a esse problema, e se há necessidade de tratamento. Tratamento Pode ser clínico ou cirúrgico. A seleção do tratamento é feita tendo em vista as condições clínicas do paciente, o tamanho da próstata, os danos causados ao aparelho urinário, a gravidade dos sintomas, a presença de complicações relacionadas à hiperplasia prostática benigna e a preferência do indivíduo. Pacientes com sintomas leves, sem alterações significativas de qualidade de vida e sem complicações podem ser observados, com acompanhamento regular. Já para aqueles com sintomas moderados ou intensos está indicado o tratamento medicamentoso. Indivíduos com sintomas graves e/ou complicações da hiperplasia prostática benigna (retenção urinária persistente e refratária ao tratamento clínico, infecções urinárias frequentes, dilatação do sistema urinário, sangramento urinário persistente e associação de cálculos ou divertículos na bexiga) são candidatos ao tratamento cirúrgico. O tratamento medicamentoso pode ser realizado com dois tipos principais de medicação: os inibidores da 5-alfa-redutase (que bloqueiam a conversão da testosterona em sua forma ativa) e os alfa-bloqueadores, que reduzem o tônus muscular situado ao redor da próstata. NOVIDADES DO BLOG SOBRE UROLOGIA Acordar para urinar Coceira no pênis? Vasectomia causa impotência?