28 de dezembro de 2023 | Dr. Mario Delgado É compreensível que muitos homens sintam certo constrangimento ao falar sobre a Disfunção Erétil (DE) devido ao tabu que ainda está associado à essa condição. No entanto, é importante superar esses sentimentos, pois a disfunção erétil é um problema mais comum do que se imagina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, estima-se que cerca de 100 milhões de homens apresentam DE em todo o mundo, sendo mais comum após os 40 anos. Além disso, é importante descobrir a causa da disfunção erétil e algumas delas estão relacionadas a condições cardiológicas. Vamos entender! O que é a disfunção erétil? A disfunção erétil, conhecida popularmente também como impotência sexual, é a incapacidade que o homem tem de obter ou manter uma ereção suficiente que permita uma relação sexual satisfatória. Aqui, vale lembrar que a DE é diagnosticada apenas quando esse problema se torna recorrente e interfere significativamente na vida sexual do homem. Há alguns fatores que podem contribuir para a disfunção erétil, como fatores psicológicos, que vão do estresse e da ansiedade até um quadro de depressão; fatores hormonais, como diminuição dos níveis de testosterona e disfunção da glândula tireoide; uso de alguns medicamentos, como anti-hipertensivos e antidepressivos; fatores neurológicos, como doenças degenerativas e AVC (Acidente Vascular Cerebral); e, entre outros, fatores cardiovasculares, que envolvem problemas com o fluxo sanguíneo para o pênis que podem ser causados por diversas condições de saúde. Disfunção erétil e problemas no coração A circulação sanguínea é fundamental para a função erétil. Afinal, a ereção é, de fato, um processo vascular que depende do fluxo sanguíneo adequado para o pênis. Quando ocorre estimulação sexual, os vasos sanguíneos que suprem o pênis se dilatam, permitindo que mais sangue flua para os corpos cavernosos do órgão, estruturas esponjosas no interior do pênis, permitindo a rigidez. Assim, o coração desempenha um papel crucial nesse processo, bombeando sangue para todo o corpo, inclusive para o pênis. Por isso, problemas cardiovasculares podem comprometer o fluxo sanguíneo para o pênis, contribuindo para a disfunção erétil. Fatores de risco Sendo assim, a DE e as doenças cardiovasculares compartilham muitos fatores de risco. Afinal, como falamos, ambas as condições têm uma base vascular comum, e os mesmos fatores de risco que podem contribuir para a saúde cardiovascular precária também podem afetar a função erétil. Alguns desses fatores de risco comuns incluem a hipertensão arterial, diabetes, hipercolesterolemia (níveis elevados de colesterol), obesidade, tabagismo e falta de atividade física. Esses fatores podem comprometer a circulação do sangue aumentando os riscos para um quadro de disfunção erétil e de doenças cardiovasculares. Vale lembrar que, em muitos casos, a DE é um indicador inicial de problemas cardiovasculares. Isso acontece porque os vasos sanguíneos menores no pênis podem ser afetados antes dos vasos maiores no coração. Por isso, é importante avaliação médica para diagnóstico e para que seja traçado um plano de tratamento adequado. Além dos médicos urologistas, o CBU conta com a Dra. Roberta Valério de Araújo Naves, cardiologista, que pode orientar os pacientes nestes casos. Para agendar uma consulta com um dos especialistas do CBU, ligue para (11) 3046-3690 ou envie um WhatsApp para (11) 94479-6009 ou clique aqui e faça o agendamento online.