A impotência sexual pode ser manifestada de várias maneiras, não somente por dificuldade em manter o pênis ereto, mas também por problemas na ejaculação, orgasmo ou libido.

A ereção é resultado do aumento do fluxo sanguíneo ao pênis levando ao enrijecimento e aumento do tamanho. 

As causas são variadas, sendo as mais comuns:

Problemas circulatórios

Neurológicas

Anatômicas ou estruturais

Distúrbios hormonais

Induzida por drogas

Psicológicas

“Na maioria das vezes, as doenças associadas à disfunção erétil são passíveis de controle e tratamento. Ter atividade física regular, evitar consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas, alimentar-se de forma regrada e saudável são as chaves para prevenção.”

Caso queira fazer um tratamento preventivo para manter a sua performace sexual ou fazer tratamento para alguma queixa nesta área, agende um horário.

 

Problema circulatório:

O processo de ereção tem por base o relaxamento das fibras musculares lisas dos corpos cavernosos, o que permite maior fluxo sanguíneo arterial aos espaços lacunares, com concomitante vasodilatação das artérias cavernosas. Distensão dos espaços lacunares, promovida pelo aumento de fluxo arterial e redução do retorno venoso provoca a ereção.

Durante o estado de flacidez do pênis, o fluxo sanguíneo das artérias cavernosas para os espaços cavernosos é minimizado.

Independentemente do mecanismo etiológico envolvido, sugere-se que o problema básico em pacientes com disfunção erétil (DE) é um desequilíbrio entre contração e relaxamento da musculatura lisa do corpo cavernoso.

Para esta etiologia da disfunção erétil o Centro Brasileiro de Urologia possui  um aparelho  de terapia por ondas que promove a vasodilatação dos vasos penianos e também induz a neoformação vascular, melhorando a turgescência peniana no ato sexual

O tratamento para disfunção erétil por esta metodologia já conta com a aprovação da Sociedade Americana de Urologia e Sociedade Brasileira de Urologia.  

O aparelho através de ondas promove a dilatação dos vasos penianos ,fazendo com que eles fiquem mais flexíveis inicialmente e em um segundo tempo promove a neoformação de novos  vasos no pênis.

Melhorando a ereção, inicialmente o paciente percebe um aumento das ereções noturnas. E posteriormente uma melhora no desempenho da ereção.

 

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Doppler Peniano com Indução Farmacológica

A indução farmacológica peniana com Doppler é um exame utilizado para avaliar a função vascular do pênis, principalmente em casos de disfunção erétil (DE). O procedimento envolve a injeção intracavernosa de medicamentos vasoativos (como PGE1 – Alprostadil, Papaverina ou Fentolamina) para induzir uma ereção, enquanto um ultrassom Doppler avalia o fluxo sanguíneo nas artérias penianas.

Indicações principais:

  1. Avaliação de disfunção erétil de origem vascular:

    • Suspeita de insuficiência arterial (doença vascular periférica, aterosclerose).
    • Suspeita de fístulas venosas ou vazamento venoso (dificuldade em manter a ereção).
  2. Diagnóstico diferencial entre causas orgânicas e psicogênicas da disfunção erétil.
  3. Avaliação pós-trauma pélvico ou perineal que possa ter afetado a vascularização peniana.
  4. Pré-operatório de cirurgias pélvicas (como prostatectomia radical) para avaliar risco de disfunção erétil pós-cirúrgica.
  5. Monitoramento de tratamento em pacientes com DE submetidos a terapias vasculares ou cirúrgicas.

Parâmetros avaliados no Doppler:

  • Fluxo arterial (PSV – Pico de Velocidade Sistólica):
    • Normal: > 30-35 cm/s
    • Insuficiência arterial: < 25 cm/s
  • Resistência venosa (EDV – Velocidade Diastólica Final e RI – Índice de Resistência):
    • Vazamento venoso: EDV > 5 cm/s ou RI < 0,8 após 10-20 min da injeção.

Contraindicações:

  • Priapismo prévio (risco de recorrência).
  • Doença de Peyronie aguda.
  • Pacientes com alto risco cardiovascular (a ereção induzida pode precipitar isquemia em casos graves).

Conclusão:

O Doppler peniano com indução farmacológica é essencial para diferenciar causas arteriais, venosas e mistas da disfunção erétil, auxiliando na escolha do tratamento (medicamentos orais, injeções, implantes penianos ou cirurgia vascular).

Se precisar de mais detalhes sobre o procedimento ou interpretação dos resultados, posso complementar!

Quais os parâmetros de normalidade neste exame

Os parâmetros de normalidade no Doppler peniano com indução farmacológica são fundamentais para avaliar a função vascular do pênis e diagnosticar a causa da disfunção erétil. Abaixo estão os principais valores de referência:


1. Parâmetros Arteriais (Artérias Cavernosas)

  • Pico de Velocidade Sistólica (PSV – Peak Systolic Velocity):
    • Normal: ≥ 30–35 cm/s (indica fluxo arterial adequado).
    • Limítrofe: 25–30 cm/s (pode sugerir leve insuficiência arterial).
    • Anormal (Doença Arterial): < 25 cm/s (hipofluxo arterial, comum em aterosclerose, diabetes ou pós-cirurgia pélvica).
  • Índice de Resistência (RI – Resistive Index):
    • Normal: ≥ 0,9 (após 5–10 min da injeção).
    • Anormal (Vazamento Venoso): RI < 0,8 (indica fuga venosa).

2. Parâmetros Venosos

  • Velocidade Diastólica Final (EDV – End-Diastolic Velocity):
    • Normal: < 5 cm/s (fluxo diastólico mínimo ou ausente após ereção completa).
    • Anormal (Disfunção Veno-Oclusiva): EDV ≥ 5 cm/s (sugere vazamento venoso).

3. Tempo de Resposta e Duração da Ereção

  • Resposta Normal:
    • Ereção inicia em 5–10 minutos após injeção.
    • Ereção rígida (> 70% de rigidez) persiste por 15–30 minutos.
  • Resposta Anormal:
    • Ereção tardia (> 15 min) ou ausente → sugere componente arterial ou ansiedade.
    • Ereção rápida mas curta (< 10 min) → sugere vazamento venoso.

4. Classificação dos Resultados

Achado PSV EDV RI Interpretação
Normal ≥ 35 cm/s < 5 cm/s ≥ 0,9 Função vascular preservada.
Doença Arterial < 25 cm/s Variável Variável Hipofluxo arterial (ex.: aterosclerose).
Vazamento Venoso ≥ 30 cm/s ≥ 5 cm/s < 0,8 Fuga venosa (insuficiência de oclusão).
Causa Mista 25–30 cm/s ≥ 5 cm/s < 0,8 Comprometimento arterial + venoso.

Observações Importantes:

  1. Fatores que Alteram os Resultados:
    • Ansiedade pode reduzir o PSV (falso positivo para doença arterial).
    • Fibrose cavernosa (ex.: Peyronie avançada) pode mimetizar vazamento venoso.
  2. Comparação Bilateral:
    • Assimetria > 10 cm/s entre as artérias pode indicar estenose localizada (ex.: pós-trauma).
  3. Limitações:
    • Resultados normais não descartam causas neurogênicas ou psicogênicas.

Conclusão

Um exame é considerado normal quando: PSV ≥ 35 cm/s, EDV < 5 cm/s, e RI ≥ 0,9, com ereção sustentada. Valores fora desses intervalos sugerem doença arterial, disfunção venosa, ou causa mista.

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Problemas Neurológicos

Até 20% dos casos de disfunção erétil estão associados a problemas neurológicos. Alguns exemplos são doenças degenerativas (esclerose múltipla, doença de Parkinson), acidente vascular cerebral, tumores do sistema nervoso central e traumatismos. Estes casos devem ser analisados especificamente e ver qual o melhor tratamento para cada etiologia.

 

Anatômicas ou estruturais

Pessoas que desde o nascimento ou mesmo por doenças adquiridas tenham alterações na anatomia peniana podem apresentar problemas na ereção e nas relações sexuais. Temos como exemplo a doença de Peyronie, uma condição vista mais comumente após a meia idade na qual ocorre a formação de uma placa de tecido endurecido ao longo dos tubos interiores do pênis, o que gera uma curvatura anormal e dificulta a ereção. Outro problema bem comum é a fimose que induz a uma ejaculação mais rápida e a dor durante o ato sexual. Esta queixa é mais acentuada nos homens diabéticos.

 

Distúrbios hormonais

Desequilíbrios hormonais podem ser causa de alterações da libido (desejo de ter relação sexual), principalmente a falta de testosterona, o que influencia diretamente na ereção, na massa muscular e ação cognitiva do homem. Outras condições também podem estar relacionadas, como disfunções da glândula tireoide (hipertireoidismo, hipotireoidismo), da glândula hipófise (hiperprolactinemia), entre outras alterações.

 

Induzida por drogas

Inúmeros medicamentos podem causar problemas na ereção, como anti-hipertensivos, remédios para depressão, antipsicóticos e uso de drogas como álcool, heroína, cocaína, metadona entre outras.

 

Psicológicas

Problemas como ansiedade, depressão e estresse afetam mais a população adulta-jovem, gerando transtornos de ereção por diminuírem diretamente a libido.

 

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